segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O novo antropófago

Ele saiu, camisa de botão aberta, chinelo de dedo, entrou no restaurante e pediu o cardápio:

- Me traga um poeta empanado, recheado com sangue de filósofo.
- Só me tire uma dúvida - pergunta o garçom - com ou sem molho?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Rastro e suplemento

Rezam os diálogos discretos e mesmo os apócrifos da pós do Ilufba que, em algum instante por deveras inusitado, um aluno ousou sugerir um novo outfit pro nosso bom velhinho. Houvera momentos antes uma breve comoção aos mal-fadados Mafaldos sem Mafalda que incorporavam tio Claus num calor rio 40 graus por entre barbas e lãs e vermelhos. Surgia assim a idéia do papai noel de bermudas e a recodificação dos símbolos festivos universais que azucrinam a imaginação de nossas terras cá um tanto tropicais e por deveras calientes. E vamos encarar que em nossa época de senhores sagazes com amiguinhos azuis não tão smúrficos assim, a figura do bom gordinho escondido dentro de chaminés que só encontramos lá pelo sul tupiniquim anda um tanto defasada.

Como tal epifania acadêmica surgiu em contexto Derridiano de altas elocubrações holísticas e filosofantes, vez ou outra deverão surgir por aqui alguns tópicos mais voltados para essa pegada citativa e desconstrutiva; apesar de por enquanto nosso Noel permanecer um pouco aflito com academias em geral e pregar a apreciação intermitente de seus bons churrascos, ele crê que essa ponte, metrô ou bondinho será mais produtiva do que sua permanência claustrofóbica em reentrâncias residenciais alheias. No mais, sejam bem vindos a este espaço público de reconstrução ideológica, antropofágica e algo um tanto aleatória-contribua-aê-sacomé-né?